Citação de Bolsonaro pode levar caso Marielle ao STF
(Rio de Janeiro, brpress) - À polícia, o porteiro do condomínio onde residem o presidente e acusado de matar vereadora afirmou que ligou para a casa 58 – de "Seu Jair"–, para liberar acesso de suposto comparsa.
(Rio de Janeiro, brpress) – Segundo Jornal Nacional, envolvimento de Jair Bolsonaro (PSL) no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) pode levar a investigação ao Supremo Tribunal Federal (STF), pelo fato de o presidente ter foro privilegiado. Um dos envolvidos na morte de Marielle anunciou na portaria do condomínio que iria à casa de Bolsonaro, mas foi para a do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro teve acesso ao caderno de visitas do condomínio Vivendas da Barra, na Zona Oeste do Rio, onde têm casa o presidente do Brasil, um de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) e Ronnie Lessa.
“Seu Jair”
À polícia, o porteiro afirmou que ligou para a casa 58 – de Bolsonaro. E que uma pessoa que ele identificou como sendo o “seu Jair” liberou a entrada de Élcio Queiroz. O suspeito, no entanto, foi até a casa 66, onde mora Ronnie Lessa. O porteiro, então, telefonou novamente, e o mesmo “seu Jair” – então deputado federal – teria dito que sabia para onde ele estava indo. Registros da Câmara dos Deputados mostram que Bolsonaro estava em Brasília na ocasião.
Lessa é acusado pela polícia de ser o autor dos disparos que mataram Marielle o seu motorista, Anderson Gomes; e Queiroz é suspeito de ser o motorista do carro que levava o matador. Os dois foram presos no dia 12 de março deste ano. O mandante do crime ainda não teria sido encontrado.
Representantes do Ministério Público do Rio que investigam o caso foram até Brasília no último dia 17 de outubro para consultar o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, sobre se poderiam continuar com a investigação. Eles, no entanto, ainda não obtiveram resposta.